Skip to content Skip to main navigation Skip to footer

Vencedoras do leilão do 5G deverão fornecer internet móvel rápida em 27 mil km de rodovias federais, prevê edital

Cobertura móvel de estradas é uma das obrigações previstas na minuta de edital, aprovada pela Anatel e em avaliação pelo TCU.

O edital do leilão do 5G no Brasil, em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), prevê que as operadoras de telefonia vencedoras do certame terão de instalar e fornecer internet móvel de alta velocidade em 27 mil quilômetros de rodovias federais. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o prazo para instalar internet 4G nas estradas é até 2029, com 50% dos trechos indicados no edital cobertos até 2025.

As rodovias selecionadas para receber o sinal foram as consideradas estratégicas para o transporte de passageiros e para o escoamento da produção agropecuária. A seleção foi feita pelo Ministério das Comunicações, com o apoio da Agência Nacional de Telecomunicações.

A Anatel explicou que o levantamento considerou os trechos de rodovias federais pavimentadas e não coincidentes com outras rodovias federais ou estaduais. Ao todo, foram considerados 53.930 km de rodovias, dos quais 22,6 mil km já possuem cobertura móvel com tecnologia 4G. Até 2029, espera-se que o país tenha 49,6 mil km de rodovias federais pavimentadas e não coincidentes com sinal de internet móvel de alta velocidade. Isso representa 92% dos trechos considerados pelo levantamento.

Ao todo, o Brasil possui 75,8 mil km de rodovias federais, dos quais 65,4 mil km correspondem a rodovias pavimentadas e 10,4 mil a não pavimentadas. O levantamento para o edital do 5G considerou uma extensão menor, pois excluiu os trechos não pavimentados e coincidentes.

Em fevereiro, o Governo Federal estimava que a cobertura móvel de estradas custaria R$ 2,6 bilhões para as teles. Segundo o governo, essa obrigação se justifica porque é uma demanda antiga de motoristas, passageiros e caminhoneiros.

Entre as obrigações, as empresas vencedoras do leilão deverão levar 5G para as 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal até julho de 2022; instalar internet 5G em todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes até julho de 2029; levar internet 4G ou superior a todas as localidades com mais de 600 habitantes até 2028; construir uma rede de fibra ótica, com cerca de 13 mil km, para beneficiar a região Norte; construir uma rede privativa de comunicação para o Governo, dentre outras.

Todas as obrigações devem demandar investimentos de R$ 23 bilhões por parte das empresas de telecomunicação, segundo estimativas divulgadas em fevereiro. Os valores exatos serão revelados pela agência após o aval do TCU e publicação do edital. Ainda não há data para o plenário do tribunal votar a proposta.

A instalação da tecnologia 5G será essencial para aumentar a velocidade das conexões no Brasil e impulsionar a economia. Além de disponibilizar internet ultrarrápida às grandes cidades brasileiras, a exigência de instalação de cobertura 4G nas rodovias federais vai ajudar a acabar com o apagão de conectividade que transportadores, motoristas e passageiros enfrentam nas estradas nacionais.

A Frenlogi apoia medidas que promovam mais internet e conectividade ao Brasil – em especial em áreas com acesso fraco ou inexistente, como nas estradas nacionais. A internet 4G nas rodovias vai proporcionar mais facilidade para controle de frete, rastreamento de cargas em tempo de real, além de poder analisar mais facilmente o nível de congestionamento dos percursos.

Para o Brasil se colocar entre as maiores economias do mundo, é preciso investir em infraestrutura, tecnologia e comunicação. Não existe economia forte com redes de telecomunicação arcaicas. Investir na tecnologia 5G é um dos caminhos para acelerar a retomada do crescimento nacional, além de proporcionar conectividade e qualidade de vida a locais inóspitos e de difícil acesso no país.

Fonte: Jornal O Sul

Back to top