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Pelo agro, editoriais chamam a atenção para a pauta ambiental brasileira

Pelo agro, há algum tempo que especialistas em exportação vêm chamando a atenção para a necessidade de ações afirmativas em defesa da Amazônia. O principal motivo da preocupação é com o desempenho de nossa balança comercial, hoje, com destaque especial para os produtos do agronegócio.

Agora, mesmo, diante da crise que assola o Brasil e o mundo, é o setor primário que vem garantindo o bom desempenho da exportação brasileira. Acontece, que o humor dos importadores vem regulando para baixo frente aos números referentes à devastação da Amazônia.

No ano passado, por exemplo, foram desmatados 10.129 km², um aumento de 34,4% em relação a 2018. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisa Especial (INPE), reproduzidos nesta segunda-feira, 29, pelo jornal Correio Braziliense, em editorial sob o título “Negligência ambiental“.

Por sua vez, O Globo, em editorial intitulado “Política ambiental multiplica os riscos para o agronegócio“, faz observações no mesmo sentido. De acordo com o jornal fluminense, crescem incêndios e desmatamento na Amazônia (60% neste ano). Avalia, ainda, que a má governança produziu uma escalada de intimidações ao agronegócio. E salienta que o segmento é motor de 21% do PIB, origem de 42% das exportações e responsável por 20% dos empregos (18 milhões).

Fundos globais

Posto dessa maneira, ambos os editoriais abordam as ameaças concretas ao agronegócio, em particular, e mais amplamente, à economia nacional como um todo. O fato concreto, relata O Globo, é que um grupo de 29 instituições (US$ 4 trilhões em ativos) de Estados Unidos, Japão, França, Reino Unido, Noruega, Suécia, Dinamarca e Holanda advertiu o governo, por escrito, a respeito da “incerteza generalizada sobre as condições de se investir ou fornecer serviços” no país. Repetiu o aviso já dado por 230 fundos globais, lembra a matéria.

Conforme detalha o Correio Braziliense, os investidores revelam preocupação com a iniciativa do governo federal de legalizar a ocupação de áreas públicas, principalmente na Região Amazônica, por meio da Medida Provisória 910, encaminhada ao Congresso Nacional. Temem, aponta o texto, que a aprovação eleve os índices de desmatamento e queimadas — que devem começar neste segundo semestre com o fim do período chuvoso.

Portanto, urge que o poder público tome a defesa da agropecuária brasileira impedindo que o quadro reclamado pelos investidores internacionais ganhe efetividade. “Hoje, a maioria dos mercados internacionais rejeita produtos oriundos da depredação ambiental”, alerta o editorial do Correio Braziliense.

Caso não ocorra as providências cabíveis, acentua O Globo, “o país corre o risco de ter um ambiente de negócios contaminado por incertezas que nem a melhor agenda para o equilíbrio fiscal será capaz de mitigar”.

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