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Nove em cada 10 pequenas indústrias do Brasil já adotam ações sustentáveis, aponta CNI

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria revela que 90% das indústrias de pequeno porte já poupam água e energia elétrica.

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que foi produzida em parceria com o Instituto FSB, revelou que nove em cada 10 pequenas indústrias do Brasil adotam protocolos sustentáveis durante suas atuações diárias. Destaque para redução do desperdício de água e energia elétrica.

O estudo avaliou a participação dessas indústrias na redução de desperdício e fomento da sustentabilidade. Os dados revelam que a maioria delas (55%) vai investir mais nos próximos dois anos na implementação de ações sustentáveis alinhadas à estratégia levada pela CNI para Glasgow, na Escócia, para uma transição para uma economia de baixo carbono. Para outras 37%, os recursos devem ficar no mesmo patamar dos atuais e apenas 4% afirmaram que eles devem ser reduzidos.

Mesmo em meio à pandemia e à crise econômica, 20% dos pequenos negócios industriais aumentaram o investimento nesse tipo de ação. A CNI avalia que, em alguns quesitos, as indústrias de pequeno porte estão avançadas no quesito sustentabilidade.

Ações para evitar os desperdícios de energia e água já são adotadas em 90% e 89% das empresas analisadas, respectivamente. Já a gestão de resíduos sólidos é realizada por 85% dos negócios. Considerando o ambiente econômico e de negócios atual do Brasil, 76% dos executivos ouvidos pela pesquisa afirmam que o setor industrial enxerga o tema da sustentabilidade como uma oportunidade. Para quase 1/3, a agenda de sustentabilidade envolve mais oportunidades do que riscos. Apenas 22% afirmaram que há mais riscos que oportunidades ou só riscos.

“Não há mais espaço para a falsa divergência entre desenvolvimento e a conservação do meio ambiente. Os dados revelam que as indústrias de pequeno porte estão atentas à importância da implementação de ações concretas de sustentabilidade em seus processos produtivos. Na COP26 pudemos ver exemplos do setor produtivo brasileiro alinhados com as melhores práticas globais. Em alguns quesitos como a matriz energética e em alguns pontos da economia circular, somos um exemplo a ser seguido”, analisou Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

Outro ponto de forte desempenho da economia verde do Brasil diz respeito à participação de fontes renováveis na matriz energética do país. Davi lembra que enquanto essa participação nos países da OCDE está em torno de 18% a 27%, no Brasil ela representa 83%.

Prioridade no financiamento e conscientização da sociedade
Quando os executivos foram questionados sobre qual deveria ser a prioridade do governo, o financiamento a ações sustentáveis e a conscientização da sociedade foram os itens que mais apareceram espontaneamente: 16% das respostas em cada um dos itens. Cerca de 71% dos representantes das pequenas indústrias do Brasil acreditam que cabe ao Poder Público a tarefa de estimular as empresas para que sigam as regras ambientais.

Consumidores e exigência regulatória impulsionam agenda sustentável
A pesquisa da CNI também mostrou que os dois principais motivos que levam indústrias de pequeno porte a investirem em sustentabilidade são a reputação junto à sociedade e aos consumidores, além do atendimento às exigências regulatórias. Ambas figuraram no levantamento com o mesmo percentual: 40%. A redução de custos, com 36%, e o aumento da competitividade, com 34%, completam a lista de itens que mais estimulam os empresários a adotarem a agenda sustentável. Do outro lado, a falta de cultura voltada para o tema (46%) e a falta de incentivos do governo (45%) são apontados como os principais entraves.

Mais estímulos à adoção de ações sustentáveis
O levantamento da Confederação Nacional da Indústria revela que apenas 36% dos executivos entrevistados precisaram apresentar certificados ou ações ambientalmente sustentáveis como critério de contratação por parte de seus clientes. O índice é ainda mais baixo (24%) quando a análise recai sobre a exigência por parte das pequenas indústrias de critérios sustentáveis para a contratação de fornecedores. O percentual de empresas que já deixaram de vender algum produto por não ter alguma certificação ou seguir alguma ação de sustentabilidade exigida pelo mercado cai pela metade: 12%.

Indústria pode ampliar compreensão e ações de sustentabilidade
Apesar dos indicadores positivos, 79% dos entrevistados admitem que estão pouco ou nada familiarizados com a sigla ESG, do inglês “environmental, social and corporate governance” – expressão inglesa usada para designar ações sustentáveis com base nos pilares ambiental, social e de governança. Mesmo pouco ou nada familiarizados com o tema, 81% dos líderes empresariais dizem que o ESG é importante ou muito importante.

Apenas 21% das empresas possuem estrutura organizacional formal para lidar com o tema sustentabilidade; menos da metade dessas empresas (10%) dá autonomia financeira a essa área. Outro ponto de atenção diz respeito à estratégia e ao estabelecimento de metas de sustentabilidade: apenas 22% das empresas escutadas afirmam ter.

O Instituto FSB Pesquisa entrevistou, por telefone, executivos de 500 empresas industriais de pequeno porte de todo o Brasil. As entrevistas foram realizadas entre 13 e 27 de outubro de 2021. Devido ao arredondamento, a soma dos percentuais pode variar de 99% a 101%.

O Instituto Brasil Logística prioriza a sustentabilidade e o respeito ao meio ambiente ao elaborar estudos, análises técnicas, projetos de lei e na proposição de emendas legislativas relacionadas à infraestrutura. A pesquisa da CNI demonstra que os executivos das pequenas indústrias brasileiras possuem alto nível de consciência ecológica e sustentável.

O IBL acredita que acolher processos industriais que preservem a natureza é uma condicionante para um empreendimento conseguir os melhores acordos comerciais atualmente, e as riquezas naturais brasileiras colocam o país em uma posição de destaque nesse âmbito. Por isso, o Brasil precisa aproveitar esse enorme potencial pouco utilizado para se firmar internacionalmente como uma das economias mais sustentáveis, modernas e rentáveis do mundo. O momento é agora.


Fonte: Confederação Nacional da Indústria

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