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Diesel é o que mais pesa para 81,5% das transportadoras de cargas, revela pesquisa da CNT

“Pesquisa CNT Perfil Empresarial: Transporte Rodoviário de Cargas” faz Raio-X das empresas no Brasil; 46,1% apontam a falta de experiência como principal dificuldade na hora de contratar

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) publicou mais um levantamento que revela o perfil das empresas transportadoras de cargas pelo modal rodoviário no Brasil. A Pesquisa CNT Perfil Empresarial retrata as características da gestão, os principais custos operacionais e o perfil dos colaboradores, dentre outras informações. O relatório está disponível para download no site da CNT desde o último dia 7.

“O protagonismo desta Pesquisa é dos empresários do transporte participantes do nosso levantamento. Eles têm papel fundamental na visibilidade do setor. Com os resultados, podemos mostrar a contribuição do transporte rodoviário de cargas para o crescimento pleno e sustentável do Brasil. É nosso dever, como representantes, identificar os entraves enfrentados pelos transportadores e por seus negócios e construir soluções”, analisa o presidente da CNT, Vander Costa.

Experiência e entraves
De acordo com a CNT, operam atualmente no Brasil cerca de 266 mil empresas de transporte de cargas (ETCs), mais de 847 mil transportadores autônomos de cargas (TACs) e 519 cooperativas de transporte rodoviário de cargas (CTC). Juntas, essas empresas acumulam uma frota de 2,5 milhões de veículos de transporte de cargas (veículos automotores e implementos rodoviários) – número 70% superior à frota registrada há 15 anos. Dentre as empresas que responderam à Pesquisa, 59,3% delas possuem mais de 20 anos de experiência e 79,3% atuam sob gestão familiar.

A dificuldade mais citada pelas empresas na hora de contratar é o pouco tempo de experiência dos candidatos na atividade (46,1%). Além disso, a falta de treinamento e/ou capacitação específicos para o setor rodoviário de cargas foi citada por 31,5% dos empresários ouvidos.

A cada cinco empresas ouvidas pela CNT, quatro apontam o preço do óleo diesel como o item de maior dificuldade para quem opera no TRC (81,5%). O combustível teve reajuste de 68,6% pela Petrobras apenas em 2021; em março de 2022, a petroleira aumentou novamente os preços em 25% nas distribuidoras, e os postos de combustíveis já comercializam o litro do diesel por preços acima de R$ 6,60.

Carley Welter, conselheiro do Instituto Brasil Logística e diretor-executivo da ANATC (Associação Nacional das Empresas Agenciadoras de Transporte de Cargas), avalia que o combustível representa mais da metade dos custos das transportadoras brasileiras. Além disso, quem atua no segmento possui desafios em diferentes esferas do negócio.

“Na questão operacional, temos como principal impactante os preços dos combustíveis, que representam quase 50% dos custos totais de operação. O que agrava o problema é a dificuldade de repassar aumentos nos valores de frete para a cadeia”, avalia Welter.

O executivo também lista a burocracia estatal, os tributos, governança e falta de mão-de-obra especializada como entraves para o crescimento do setor de transportes. “A falta de uma agenda clara, por parte do Governo, para enfrentamento de problemas estruturais gera uma grande apreensão e até desestímulos por parte do transportador”, aponta o diretor.

A pesquisa da CNT confirma as críticas de Carley Welter quanto aos aspectos que impactam o transporte rodoviário de cargas. A elevada carga tributária foi citada por 56,5% dos empresários ouvidos; já a dificuldade em reajustar o valor do frete foi lembrada por 40,1% dos entrevistados.

Consciência ambiental
Um dos destaques das empresas que responderam à Pesquisa é a atenção dedicada às compensações ambientais. Cerca de 59,6% dos entrevistados adotam algum tipo de medida de sustentabilidade em suas operações. Dentre elas, destacam-se o monitoramento de uso de combustível (39,0%); de emissões de gases na atmosfera (30,6%); de geração de resíduos (30,2%); e de uso consciente de energia elétrica (26,5%).

Fazem parte das informações da Pesquisa CNT Perfil Empresarial colhidas pela CNT as características das empresas, perfil de mão de obra e quantidade e tipo de frota. Foram apurados junto aos transportadores, ainda, os aspectos de custos operacionais e de gestão empresarial, além de fatores como registro de sinistros e situação financeira.

A partir da base de dados levantados pela pesquisa, a Confederação Nacional do Transporte e o poder público podem trabalhar em conjunto para monitorar o desempenho do segmento, atender a reivindicação do setor por infraestrutura de qualidade e ajudar a formular políticas governamentais mais adequadas. A amostra contou com 464 entrevistas validadas, dentre as empresas que responderam o levantamento da Confederação.

Acesse o site da CNT e confira o estudo completo. Clique aqui.


Fonte: Rafael Oliveira, analista de comunicação do IBL/Frenlogi, com informações da Confederação Nacional do Transporte.

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