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Seminário na Câmara debate produção de combustíveis marítimos sustentáveis

A produção de novos combustíveis marítimos foi debatida em seminário na Câmara dos Deputados hoje (terça, dia 25). O debate foi promovido pelo presidente da comissão especial sobre transição energética e produção de hidrogênio verde, o dep. Arnaldo Jardim (Cidadania/ SP), membro da FRENLOGI. Jardim afirma que o Brasil possui diversas vantagens para produzir combustíveis marítimos de baixa emissão de CO2, mas as questões logísticas ainda representam um desafio à sua produção.

O seminário contou com a participação de especialistas do setor, incluindo:

  • Tetsu Koike, diretor de Programa de Políticas Setoriais, Planejamento e Inovação do Ministério de Portos e Aeroportos;
  • Renato Dutra, secretário nacional substituto de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia;
  • Washington Luiz de Paula Santos, Contra-Almirante e Subchefe de Assuntos Marítimos do Estado-Maior da Armada;
  • William Vella Nozaki, gerente executivo de Gestão Integrada de Transição Energética da Petrobras;
  • Alexandre Groszmann, diretor da European Energy Metanol do Brasil e vice-presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABIHV).

Durante o evento, Renato Dutra enfatizou que o tema é prioridade para o MME e mencionou a existência de um grupo de trabalho dedicado ao setor aquaviário. Esse grupo iniciará a fase de participação social em abril e deve concluir seus trabalhos até junho, envolvendo entidades do setor portuário na discussão sobre redução da intensidade de carbono.

Na participação social, o GT realizará reuniões específicas com o setor de infraestrutura, incluindo a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) e a Federação Nacional das Operações Portuária (FENOP), ambas integrantes do conselho gestor do IBL. Também estarão envolvidas a Associação Brasileira de Terminais de Líquidos (ABTL), a Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Abani, Catallini e os portos de Açu e Pecém.

O Contra-Almirante Washington Luiz de Paula Santos ressaltou que o transporte marítimo representa 98% do comércio exterior brasileiro e que qualquer mudança na matriz de combustíveis impactará diretamente essa atividade. Ele também destacou o papel da Organização Marítima Internacional (IMO), da ONU, na transição energética global e a importância dos biocombustíveis para o Brasil, uma vez que possuem baixo custo, não concorrem com a produção de alimentos e não geram desmatamento.

Tetsu Koike, do Ministério de Portos e Aeroportos, apresentou um panorama do sistema portuário brasileiro e sua relevância para a economia do país. Ele ressaltou que a transição energética é um tema essencial para o setor.

William Vella Nozaki, da Petrobras, destacou os esforços da empresa na descarbonização e no desenvolvimento de combustíveis de baixo carbono para os setores automotivo, aéreo e marítimo. Ele também apresentou o trabalho da Transpetro, subsidiária da Petrobras, que atua na logística de transporte e armazenagem de combustíveis, bem como na busca por maior eficiência energética.

Alexandre Groszmann enfatizou o potencial do e-metanol como alternativa sustentável, amplamente utilizado no setor marítimo internacional – especialmente a Dinamarca. Ele apresentou o trabalho da empresa em Suape, Pernambuco, e a necessidade de segurança jurídica para viabilizar investimentos no setor.

O evento reforçou a importância de políticas públicas para a expansão dos combustíveis marítimos sustentáveis e sua viabilidade econômica no Brasil, destacando a necessidade de debates e decisões para avançar na transição energética do transporte marítimo.

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