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Porto de Santos está entre os mais engajados em iniciativas sobre hidrogênio de baixo carbono, diz estudo

Um estudo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apontou que, entre os portos públicos brasileiros, o de Santos (SP) está entre os mais engajados em iniciativas relacionadas ao hidrogênio de baixo carbono – conhecido como hidrogênio verde, produzido a partir de fontes de energia limpas e renováveis, como a eólica e a solar. 

A pesquisa analisou todas as instalações registradas no país, incluindo os terminais de uso privado (TUPs), terminais arrendados (TAs) e estações de transbordo de carga (ETCs).

O “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e aplicações do Hidrogênio nos Portos” foi feito em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e com a empresa alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ).

Segundo a Antaq, a diretoria colegiada da agência aprovou o levantamento em reunião realizada em 25 de julho. Os membros avaliaram que o entendimento de como os portos estão se preparando para a transição energética e para a descarbonização permitirá um avanço nessas pautas. 

Ainda de acordo com a Antaq, a entrega do estudo faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado com a GIZ em setembro de 2023. O intuito é promover a descarbonização no setor. 

Com o diagnóstico, será possível estabelecer orientações e diretrizes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa por navios em portos, bem como viabilizar a descarbonização da infraestrutura portuária e dos serviços portuários prestados.

Foto: Vanessa Rodrigues/Jornal A Tribuna

De acordo com o estudo:

 Cinco instalações já têm ao menos uma das iniciativas relacionadas ao hidrogênio de baixo de carbono, com acordo ou memorando de entendimento assinado: 

– Portos públicos: Porto de Suape, Porto de Antonina e Porto de Paranaguá
– Terminais: Terminal Portuário do Pecém e Porto do Açu. 

• Quatorze instalações ainda não têm acordo assinado, mas já incluíram esse tipo de iniciativa em seu planejamento estratégico: 

– Terminais (TUPs, TAs e ETCs): Terminal Marítimo Ponta da Madeira, Hidrovias do Brasil – Vila do Conde S. A. (ETC Tapajós – HBSA), Hidrovias do Brasil – Vila do Conde (TUP) e Terminal de Petróleo TPET/ TOil – Açu. 

– Portos públicos: Porto de Pelotas, Porto de Porto Alegre, Porto de Santos, Porto de Aratu, Porto de Ilhéus, Porto de Salvador, Porto de Angra dos Reis, Porto de Itaguaí, Porto de Niterói, Porto do Rio de Janeiro. 

Iniciativas

Segundo a Antaq, o estudo mostrou que o Porto santista faz e divulga um inventário de emissão de carbono. Além disso, tem iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa e para possíveis aplicações de combustíveis renováveis, hidrogênio verde – um tipo de hidrogênio de baixo carbono – e derivados.

Em nota ao g1, a Autoridade Portuária de Santos (APS) disse enxergar os aspectos regulatórios da Antaq, de forma geral, como um instrumento importante para o avanço das metas globais em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). 

Entre outras iniciativas em curso, está em a implementação de descontos tarifários para navios verdes, menos poluentes, e para terminais que apresentem eficiência operacional e ambiental, diversificação da matriz energética e eletrificação de cais. 

Previsões

A APS afirmou que, independentemente de requisito legal, está avançando na agenda de descarbonização com uma frente de trabalho que estuda a viabilidade técnica e econômica para produção de hidrogênio verde a partir de energia extra gerada pela Usina de Itatinga e água de reúso da Estação de Tratamento de Efluentes do Porto santista.

Segundo a empresa, há previsão de utilização do hidrogênio verde para abastecimento de equipamentos de geração de energia para equipamentos e veículos de pequeno porte ou para fornecimento de energia elétrica para embarcações atracadas (Onshore Power Supply). 

“A Autoridade Portuária de Santos está atenta e engajada ao contexto das mudanças climáticas, de interesse e preocupação mundial e já vem tomando medidas para refrear o aquecimento global e mitigar eventuais impactos que possam vir a prejudicar a eficiência portuária”, disse. 

O que é hidrogênio verde? 

O hidrogênio verde é extraído a partir da eletrólise da água, quando a passagem de uma corrente elétrica separa os dois elementos que compõem a molécula de água – oxigênio e hidrogênio. 

Se fonte limpas de energia, como solar, hidráulica ou eólica, forem usadas neste processo, o combustível recebe o selo de hidrogênio verde com zero emissão de CO². 

Há gradações nesta classificação, que dependem da quantidade de carbono emitida no processo. O hidrogênio cinza, produzido a partir de gás natural, provoca emissão de carbono, gás que contribui para o efeito estufa.

FONTE: G1

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