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O que esperar da mobilidade urbana em 2024?

Após um ano de recordes históricos de temperatura, a reflexão sobre modos ambientalmente sustentáveis de interação nas cidades torna-se imperativa. No Brasil, com 61% da população em áreas urbanas, a mobilidade desempenha um papel crucial nas emissões de gases de efeito estufa.

Em 2023, o setor de transportes foi responsável por 8% das emissões no país, sendo 46% provenientes de veículos leves. Alcançar a neutralidade de carbono no Brasil requer incentivo ao transporte coletivo ambientalmente correto e à mobilidade mais limpa em veículos individuais.

Para 2024, a eletrificação é uma forte tendência, tanto para o transporte coletivo quanto o individual. São Paulo, por exemplo, introduziu 50 ônibus elétricos em setembro de 2023, reduzindo em 5.300 toneladas as emissões anuais de CO2. A cidade visa eletrificar 20% de sua frota até o final de 2024.

A expectativa é que o transporte coletivo brasileiro conte com 40% de ônibus elétricos até 2050, tornando-o mais sustentável ambientalmente.

Foto: Divulgação.

Apesar das melhorias no transporte coletivo, milhões ainda dependem de meios individuais. Em 2023, as vendas de veículos eletrificados bateram recordes no Brasil, com aumento de 73% nos emplacamentos e 36% nas vendas entre janeiro e outubro. A partir de 2024, o Brasil passará a produzir veículos eletrificados nacionalmente, promovendo a popularização da tecnologia.

Quanto à mobilidade individual, 2023 registrou uma queda significativa nos congestionamentos urbanos, possivelmente devido à adoção do trabalho híbrido. A manutenção dessa tendência em 2024 dependerá da evolução dos modelos de trabalho adotados pelas empresas.

A busca por um transporte mais sustentável inclui não apenas a eletrificação, mas também o uso de biocombustíveis. Durante a COP 28, em Dubai, o ministro das Minas e Energias, Alexandre Silveira, anunciou que o Brasil pretende investir até R$ 200 bilhões em combustíveis sustentáveis.

Em síntese, a tendência para 2024 é continuar movimentando um grande número de pessoas nas áreas urbanas, priorizando a sustentabilidade e a eficiência. Todos saem ganhando: o planeta e seus habitantes.

Fonte: Luciana Nicola, Estadão.

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