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Entrada na OCDE vai exigir apoio legislativo a mudanças estruturais

Sem que o Brasil faça mudanças estruturais na economia vai ser difícil o ingresso na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Decerto, o ingresso no organismo internacional que reúne as economias mais desenvolvidas do mundo é desejo do governo brasileiro. Contudo, vai depender de forte articulação parlamentar.

É o que prevê matéria publicada na edição deste domingo no jornal O Globo, em matéria justamente sob o título “Entrar na OCDE, o clube dos ricos, depende da negociação das reformas”. 

Advertências

Conforme a matéria do O Globo, o Brasil, como os seus vizinhos, tende a enfrentar desafios ainda maiores. A matéria lembra advertências do secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, na reunião com a participação de Guedes. 

Segundo ele (Gurría), a economia regional deverá ser afetada por uma escalada da pobreza e do desemprego. Portanto, governos precisam avançar em programas sociais mais sólidos, melhorar a gestão do gasto público e o sistema tributário. 

Ainda de acordo com Angel Gurría, “precisam estar alinhados com as necessidades em mudança climática, defesa da biodiversidade e proteção ambiental”. Três questões altamente transcendentais em termos de importância para o mundo de hoje.

O texto concorda que ingressar no clube dos ricos, a OCDE, é meta elogiável. No entanto, que requer a preparação de uma infraestrutura legislativa e administrativa. No cenário atual, isso parece ainda longe do alcance do governo Jair Bolsonaro, que até há pouco insistia em operar no diapasão dos conflitos com o Congresso e o Judiciário, fomentando desconfiança sobre fatores-chave nas decisões empresariais numa economia onde o Estado é predominante, avalia a matéria. 

Como atrair capitais a um país como o Brasil, onde o imposto sobre as empresas é de 34%, na média — a quarta maior taxação fiscal entre 109 países analisados pela OCDE? É a pergunta feita ao final do texto do O Globo.

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