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Ferrovias brasileiras e suas urgentes demandas

O Brasil tem dimensões continentais. E o seu tamanho pode – ou deveria – ser
aproveitado para proporcionar inúmeros benefícios para a população e a economia. Na área
dos transportes, o modal ferroviário é um dos recursos que, se usado de forma proveitosa,
poderia mudar o atual cenário.

Apesar do crescimento de 6% da movimentação de cargas pelo referido meio em 2023,
ele representa apenas 20% em relação a todos os modais. Para efeito de comparação, o setor
atua em 55% do transporte de cargas na Austrália, 34% no Canadá e 27% nos Estados Unidos.

Por aqui, nos mais de 28 mil quilômetros de ferrovias, muito do que se vê é infraestrutura
precária, falta de manutenção e de investimentos.

O transporte ferroviário no Brasil data de 1854, quando o imperador D. Pedro II
inaugurou o primeiro trecho de uma linha ferroviária que ligava o Porto de Mauá à Fragoso,
no Rio de Janeiro.

Entretanto, enquanto o país crescia com o passar dos anos, as ferrovias foram ficando
para trás. A não aplicação de tecnologia para o desenvolvimento do setor tornou-o precário e
ultrapassado, fazendo com que os seus obstáculos se tornassem ainda maiores na busca por um
modal eficiente e atualizado.

A disparidade da competição com outros modais, como o rodoviário e aquaviário,
também é um desafio. Apesar de mais seguro do que as rodovias, por exemplo, as ferrovias
carecem de atenção e prioridade.

A logística do transporte de diferentes tipos de cargas poderia ser bem aproveitada nos
vagões dos trens, reduzindo consideravelmente a movimentação nas rodovias. Se assim o fosse,
certamente observaríamos o aumento da segurança tanto dos profissionais que transportam as
cargas, quanto dos próprios passageiros nas estradas – além, é claro, da economia e otimização
do tempo.

Em resumo, não é por falta de capacidade que o Brasil não tem um transporte ferroviário
eficiente e avançado. Precisa-se pensar com urgência na multimodalidade, ou seja, na conexão
entre modais, para o avanço do setor e, sem dúvida, em investimentos na modernização da
infraestrutura e na criação de efetivas políticas públicas para as ferrovias brasileiras.
E o Instituto Brasil Logística (IBL) é o lugar de discussões e produção de propostas que
possam reverter esse cenário.

Referências: Logística sem Mistérios (com mais fontes) e Poder 360
Imagem: Instituto Claro

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