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Empresários defendem parceria com universidades para desenvolver hidrovias do Amazonas

O presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (Abani), Dodó Carvalho, fez um balanço nesta segunda-feira (6) sobre as dificuldades enfrentadas pela navegação no Amazonas e pediu que as universidades e seus pesquisadores ajudem a repensar as condições da navegação após dois anos de convivência com secas extremas.

“Em 2023 fomos pegos de calça curta, mas em 2024 a situação foi ainda pior. Então, faço uma provocação para nossa academia, pois acho que a ciência precisa nos dizer algo sobre o futuro. O que vai ser? Esse é um novo normal ou estamos vivendo um ciclo de grandes secas?”, questionou.

O presidente da Abani também destacou que essa situação de eventos climáticos e hidrológicos extremos exige uma nova reflexão do poder público e da iniciativa privada, pois, segundo ele, falta um debate mais profundo sobre o tema.

“O problema de 2023 e 2024 é um alerta para todos nós. Precisamos debater, porque não vamos desenvolver esta região sem a navegação”, afirmou.

Ele mencionou ainda a necessidade de investimentos em infraestrutura e políticas públicas que incentivem o uso das hidrovias, além de destacar a importância de integrar os modais de transporte para aumentar a competitividade do setor produtivo brasileiro.

Carvalho apontou desafios como a dragagem e a sinalização das vias navegáveis e defendeu que, com investimentos adequados e atenção do poder público, a navegação interior pode se tornar um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável do Brasil.

“Precisamos da aprovação da hidrovia do Madeira, que está em fase de audiências públicas. A concessão do rio será fundamental para garantir segurança no transporte de carga, criar um canal permanente com pelo menos três metros de profundidade e aproveitar a riqueza que o agronegócio brasileiro trouxe para a navegação”, explicou.

Além de movimentar a economia na região, principalmente nos municípios mais afastados, ele destacou que a navegação emprega mais de 20 mil pessoas no Amazonas, em cerca de sete mil embarcações de todos os tipos. Apesar disso, o setor ainda carece de regulamentação mais sólida.

“Nossa agência reguladora precisa definir, por exemplo, as linhas que serão adotadas na navegação. Hoje, qualquer pessoa pode começar a operar, o que acaba gerando uma concorrência desorganizada”, concluiu.

Fonte: RealTime1

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