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Em podcast presidente do IBL destaca atuação do Instituto e fala sobre logística, multimodalidade e efeitos da pandemia no setor 

O presidente do Instituto Brasil Logística (IBL), Ricardo Molitzas, participou do podcast INFRACAST, da Frente Parlamentar Mista de Portos e Aeroportos e falou sobre a sua atuação no IBL e sobre o cenário da logística e infraestrutura no Brasil. Ele foi entrevistado por Mario Povia, presidente do Instituto Brasileiro de Infraestrutura (IBI), e pelo jornalista Tales Silveira. 

Atuante no setor há 43 anos no setor, ele também preside o Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (SOPESP) e o Conselho do Santos Export e é diretor de assuntos legislativos da Academia de Direito Portuário Marítimo e da Associação Comercial de Santos, dentre diversas outras funções já exercidas em sua carreira profissional. 

“O que me move hoje é que eu consiga deixar algo de bom para o setor”, disse ao falar sobre a sua disposição em atuar na área e receber total apoio da família. “A Alessandra (esposa) apoia e vibra com todas as nossas conquistas”, detalhou. 

INSTITUTO BRASIL LOGÍSTICA 

O presidente destacou que o IBL, que é um braço técnico da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (FRENLOGI) do Congresso Nacional, “provê tecnicamente avaliações e estudos de assuntos de interesse da sociedade e apresentação aos deputados federais e senadores para que eles entendam o ambiente e promovam mudanças caso entendam ser necessário”.  

Ele pontuou que a logística “move a economia e faz parte da nossa vida desde a hora que acordamos até dormirmos”. Molitzas defendeu a importância da logística eficiente, “que gera competitividade para nosso produto seja para chegar mais barato no supermercado ou para uma mercadoria que vamos exportar ou importar”. 

Contudo, ele enxerga o atual cenário com diversas deficiências como “nas rodovias, nos aeroportos, na questão aquaviária e por isso o trabalho importante para trazer isso à discussão para melhorarmos esse ambiente”. 

PANDEMIA 

A pandemia de covid-19 também foi pauta no podcast. Questionado sobre como o setor se portou durante a crise, Ricardo Molitzas foi enfático: “a pandemia fez com que uma logística que já era eficiente ficasse mais perceptível”. Isso porque naquela época “você comprava determinado produto pelo computador e no dia seguinte ele já estava na sua porta, o que não acontecia antes. E a logística deu um salto enorme nisso”.  

O presidente do IBL e da SOPESP declarou ainda que “muitas cidades sobreviveram porque os portuários e os portos não pararam”. 

MULTIMODALIDADE 

Para Molitzas o Brasil ainda não possui a aplicação concreta do conceito de multimodalidade, uma vez que esse termo significa “levar uma carga de um local até outro baseado em um único documento de transporte que cubra toda a operação”, explicou.

“E o que trava isso até hoje? É o ICMS porque, na hora que tenho a diferença de alíquotas de ICMS não consigo fazer um documento único, a não ser que seja feito um outro documento de cada transporte vinculado a esse documento único. Isso é burocracia e dinheiro jogado no lixo”, disse.

Segundo ele, esse problema deve ser resolvido a partir da Reforma Tributária, aprovada pelo Congresso Nacional, sancionada pelo presidente da República e que está em fase de regulamentação. “Temos uma luz no fim do túnel a partir do fim dessa confusão de letras e termos para o uso apenas de IBS e CBS”, finalizou.

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