Skip to content Skip to main navigation Skip to footer

CNI entrega lista de propostas sustentáveis ao governo para negociações na COP26

Representações do setor empresarial do grupo pedem prioridade em temas como promoção do livre comércio e investimento em economia verde.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e representações do setor empresarial brasileiro entregaram ao governo brasileiro na sexta-feira (15) um documento com propostas prioritárias para a economia global nas próximas décadas. A ideia é analisar e debater a lista durante a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP26), que ocorre de 31 de outubro a 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.

O documento traz propostas para negociações em três frentes: finalização do Livro de Regras, com foco no Artigo 6, que estabelecerá o mercado global de carbono; mobilização de financiamento climático e transferência de tecnologia; e adaptação às mudanças climáticas e investimentos em economia verde.

Os líderes das maiores economias desenvolvidas e emergentes vão se reunir no fim do mês em Roma. E o braço empresarial do grupo, o chamado B20, fez uma série de reuniões ao longo do ano para discutir como o setor privado pode se preparar para eventuais futuras crises sanitárias e desastres ambientais, e como apoiar na recuperação econômica sustentável.

Das 32 recomendações enviadas aos líderes do G20, a CNI destacou pontos como o fortalecimento da capacidade de resposta do comércio internacional a interrupções futuras, construção de sistemas de saúde resilientes e sustentáveis e governança sustentável nos negócios.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que a década atual será decisiva para a questão climática e é imperativo que países, empresas e sociedade desenvolvam ações firmes e ambiciosas para mitigar os impactos do aquecimento global. Entretanto, ele reforça o princípio da responsabilidade comum de todos os países no combate à deterioração ambiental, com gradações de responsabilidade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento (quanto mais um país polui, mais ele deve arcar com ações reparadoras).

Segundo Andrade, a indústria brasileira está comprometida com essa agenda e irá à COP-26 mostrar as boas experiências. “Embora já seja responsável por uma baixa intensidade de emissão de carbono, a indústria brasileira entende a relevância do seu papel nessa agenda internacional. Por isso, está agindo para reduzir emissões de gases de efeito estufa e zerar o balanço de carbono”, explica.

As demandas prioritárias da indústria brasileira incluem a transição justa e com segurança jurídica entre o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Quioto, e o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS), do Acordo de Paris. A CNI afirma que foram investidos US$ 32 bilhões por empresas nos últimos 15 anos para reduzir emissões. O cálculo usou como base os critérios do acordo anterior que evitou a emissão de 124 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A Confederação Nacional da Indústria também cobrou mais esforços da COP para cumprir a meta de arrecadar anualmente US$ 100 bilhões em recursos para o clima, com o intuito de apoiar países em desenvolvimento nesse processo. Além disso, a CNI aponta que é necessário definir um sistema para gerir o fundo e que haja previsibilidade de recursos adicionais para projetos de adaptação climática.

A Frenlogi e o Instituto Brasil Logística acreditam que investir em tecnologia e infraestrutura sustentável é primordial para o crescimento da economia brasileira e global. As mudanças climáticas são os maiores desafios que a humanidade terá de enfrentar, e é preciso agir agora. O esforço dos países precisa ser coordenado, e o Brasil – que possui a maior floresta tropical e a maior reserva de água potável do mundo – precisa assumir uma posição de protagonismo na COP26.


Fonte: Confederação Nacional da Indústria

Back to top