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Brasil terá dois sistemas tributários até fim da reforma

O Brasil operará com dois sistemas tributários simultaneamente até a conclusão da reforma tributária, segundo especialistas que participaram do painel do InfraJur – Encontro Nacional de Direito de Logística, Infraestrutura e Transportes, realizado durante o Santos Export na terça-feira (18).

A reforma, aprovada em 2023, substituirá cinco tributos sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por três novos impostos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS). O novo modelo segue o padrão do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), adotado por diversas economias desenvolvidas.

A transição será gradual, com os dois regimes coexistindo entre 2026 e 2033. Além disso, a reforma prevê um fundo de compensação para minimizar perdas de arrecadação dos estados e um fundo de desenvolvimento regional para estimular investimentos.

Durante o debate, a sócia da Innocenti Advogados, Cinthia Benvenuto, ressaltou a importância do momento. “Falamos sobre reforma tributária há anos, e agora estamos vivenciando essa transformação. Para os profissionais do direito, é uma oportunidade única de participar desse processo”, afirmou. Ela destacou que, apesar da promessa de simplificação, a convivência temporária entre os dois sistemas pode gerar desafios antes dos benefícios se tornarem evidentes.

Especialistas analisam impactos da transição no setor de infraestrutura e logística durante o InfraJur

Luciana Mattar, sócia-fundadora do Mattar Vilela Advogados e presidente da Comissão Nacional de Direito Aduaneiro da OAB, explicou que a nova legislação complementar prevista para 2025 impactará os regimes aduaneiros especiais. Além da substituição dos cinco tributos por três novos, a reforma prevê a criação de uma contribuição estadual sobre produtos primários e semielaborados. “A matemática é simples, mas os impactos serão profundos”, analisou.

Cristina Wadner, sócia da Advocacia Cristina Wadner, alertou que as empresas devem se antecipar à adoção dos novos tributos e regimes fiscais. “O fim da guerra fiscal beneficiará toda a cadeia produtiva, trazendo mais segurança jurídica para investidores. No entanto, um planejamento tributário estratégico será essencial para evitar surpresas”, concluiu.

Fonte: BE News.

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