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Avanços no setor ferroviário: Plano Nacional de Ferrovias e modernização da frota da Vale

Foto: Divulgação Vale

O Plano Nacional de Ferrovias está em fase de validação pelo Ministério dos Transportes e depende da aprovação do ministro Renan Filho e do presidente Lula. O secretário da pasta, Leonardo Ribeiro, apresentou as bases do projeto durante o primeiro Painel de Referência da Comissão de Solução Consensual da Ferrovia Malha Sudeste, da MRS, realizado pela SecexConsenso do TCU, em Brasília. O plano, anunciado desde o ano passado, enfrenta desafios de alinhamento entre diferentes órgãos do governo, principalmente no que diz respeito à alocação de recursos para investimentos no setor.

O plano propõe diferentes modelos para viabilizar novos trechos ferroviários, incluindo chamamento público, investimentos adicionais, empréstimos subsidiados e repactuações contratuais. A iniciativa divide o país em quatro eixos – Nordeste, Norte, Sudeste e Oeste – com soluções específicas para cada um. Além disso, contempla as chamadas shortlines, linhas férreas mais curtas que podem ser implementadas por chamamento público, e novas linhas a serem implantadas, como os ativos da Cedro e Arauco.

O secretário destacou que o plano trabalha com fontes de financiamento como o Orçamento Geral da União (OGU) e o adicional de vantajosidade da repactuação de contratos. No entanto, o avanço via OGU possui limitações, como risco de contingenciamento e custos logísticos elevados. Por isso, uma das alternativas discutidas é a criação de uma conta vinculada para garantir a aplicação dos recursos no setor ferroviário. A ideia enfrenta resistência no TCU, onde não há consenso sobre sua implementação.

Durante o evento, a ANTT e a ANTF manifestaram apoio ao mecanismo de contas vinculadas, ressaltando a importância de manter os recursos dentro das ferrovias. O diretor institucional da MRS, Gustavo Bambini, afirmou que a empresa não se opõe a essa estratégia e vê a medida como uma forma de otimizar investimentos sem comprometer o volume e a quantidade de obras planejadas.

50 novas locomotivas aprimoram a logística

Paralelamente ao desenvolvimento do Plano Nacional de Ferrovias, a Vale anunciou a compra de 50 novas locomotivas da série Evolution da Wabtec Corporation para modernizar sua frota na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e na Estrada de Ferro Carajás (EFC). O investimento faz parte do programa de descarbonização da empresa, que busca reduzir emissões e melhorar a eficiência operacional.

As locomotivas serão fabricadas no Brasil, em Contagem, e entregues a partir de 2026. Segundo Carlos Medeiros, vice-presidente de Operações da Vale, a escolha dos modelos foi baseada na sustentabilidade e segurança. O plano de renovação inclui 36 locomotivas para a EFVM e 14 para a EFC, com capacidade para operar com maior percentual de biodiesel, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa. A Vale e a Wabtec realizarão testes para ampliar essa mistura no futuro.

A tecnologia das locomotivas da série Evolution permite ganhos operacionais significativos, como economia de combustível e intervalos de manutenção mais longos, reduzindo custos. Elas também apresentam motores de tração AC, proporcionando mais de 50% de melhoria na capacidade de tração. Além disso, o modelo contribui para a redução de consumo de combustível e emissões de CO2, facilitando a transição para combustíveis alternativos no futuro. As cabines mais amplas garantem melhor ergonomia e conforto, além de facilitar a manutenção dos sistemas a bordo.

Fontes: Agência Infra e BE News.

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