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Iniciativas verdes são exaltadas em evento sobre transição energética no mar

Ações como o inventário setorial de emissões de GEE e o aperfeiçoamento do IDA são alguns exemplos

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), discutiu em evento sobre transição energética a importância das iniciativas que buscam descarbonizar o setor aquaviário.

As falas aconteceram no II Seminário Internacional para a Transição Energética no Mar: desafios e oportunidades para o Brasil, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, ao longo desta segunda-feira (10).

No painel de encerramento, o diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, mencionou o aperfeiçoamento do Índice de Desempenho Ambiental (IDA), da entrega de diversos diagnósticos sobre a infraestrutura dos portos e do lançamento do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do Setor Aquaviário.

Reformulação do IDA

O IDA passará por uma reformulação para incluir mais critérios de descarbonização em seu índice, conforme explicou Nery. O aprimoramento ocorrerá ao longo deste ano, em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A diretora Flávia Takafashi, presente no evento, também destacou a importância da atualização do índice, ressaltando que a iniciativa impulsionará ainda mais o desenvolvimento dos portos no contexto da transição energética.

Criado pela ANTAQ em 2012, o IDA é um índice pioneiro voltado para instalações portuárias, avaliando a eficiência e a qualidade da gestão ambiental por meio de indicadores específicos.

Inventário Setorial

Outro assunto abordado no evento foi o lançamento do Inventário de GEE do Setor Aquaviário na última quarta-feira (5). A ferramenta é um painel interativo que compila os dados de emissões de gases de efeito estufa do setor. Neste primeiro momento, estão disponíveis para consulta informações sobre 2021 a 2023 sobre a cabotagem e a navegação interior.

O diretor-geral destacou a relevância do projeto, enfatizando que compreender os volumes de emissão é essencial para viabilizar as adaptações necessárias.

A superintendente de ESG e Inovação da ANTAQ, Cristina Castro, também comentou sobre o inventário, ressaltou que as emissões de carbono na cabotagem e na navegação interior apresentaram uma redução de 7,68% nos últimos anos.

Agenda Ambiental

Nery destacou a agenda de estudos ambientais da Agência, que incluiu parcerias internacionais com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) (Agência Alemã de Cooperação Internacional).

Dentre os estudos desenvolvidos e entregues, destacam-se a análise dos impactos climáticos nos portos brasileiros, que resultou em um guia de melhores práticas, e a pesquisa sobre a preparação dos portos do país para a transição energética.

Incentivos Regulatórios

A diretora Flávia Takafashi, presente no painel Infraestrutura Brasileira, Regulação Portuária e Corredores Verdes, abordou as iniciativas sustentáveis da Agência e a importância dos incentivos regulatórios para impulsionar a descarbonização do setor.

Ela destacou que estão em andamento discussões com o Ministério de Portos e Aeroportos sobre formas de incorporar incentivos à transição energética nos contratos de arrendamentos portuários.

“Como agência reguladora, não realizamos os investimentos diretamente, mas temos o papel de acompanhar e fomentar o desenvolvimento da navegação. Para isso, é fundamental criar ou aprimorar ferramentas que proporcionem um ambiente regulatório favorável, permitindo que nossos portos evoluam e busquem aquilo que já não podemos mais adiar: a descarbonização do setor”, concluiu.

Projetos Verdes

O diretor-geral destacou outros projetos sustentáveis em andamento na Agência, incluindo a adequação dos acessos aquaviários e terrestres, uma medida essencial para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

“A falta de acessos adequados aos portos brasileiros, tanto terrestres quanto aquaviários, não representa apenas um custo operacional, mas também um alto custo ambiental. Com essas melhorias, será possível reduzir significativamente o volume de emissões”, afirmou.

Ele também ressaltou a relação entre a redução de emissões e a conclusão dos projetos de concessão das hidrovias brasileiras. Segundo ele, os investimentos previstos nessas licitações permitirão a modernização da infraestrutura, ampliando o volume de cargas transportadas pelo modal aquaviário — que emite quatro vezes menos CO₂ do que o transporte rodoviário e 1,5 vez menos do que o ferroviário.

Fonte: com informações da assessoria da ANTAQ.

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