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Comissão do Senado discute crise hídrica e racionamento com ministro de Minas e Energia

Parlamentares vão debater com Bento Albuquerque sobre o aumento nas contas de luz e sobre o planejamento do Governo Federal para resolver o problema.

A Comissão de Infraestrutura do Senado (CI) aprovou na última terça-feira (26) requerimentos de audiência pública com três ministros do Governo Federal. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, foi convidado para discutir as medidas que a pasta adotou para solucionar a crise hídrica no Brasil.

O senador Dário Berger, que é presidente da CI e integrante da Frenlogi, foi o autor do requerimento. O objetivo da comissão é entender a profundidade dos problemas envolvendo a crise hídrica e como o país vai se precaver contra possíveis racionamentos de energia. É consenso no parlamento que a crise atual vai perdurar, e o Governo precisará continuar a agir ao longo de 2022.

Senado cria comissão para avaliar crise
Ainda sobre esse tema, o Senado Federal também instalou uma comissão temporária para avaliar a responsabilidade do governo na crise hídrica e buscar avanços institucionais para que o país não enfrente novo risco de racionamento de energia. O senador Jean Paul Prates, que também integra a Frenlogi, foi eleito presidente do colegiado. Prates disse que os trabalhos serão pautados pelo debate técnico, e garantiu que não quer “crucificar ninguém”.

A chamada “Comissão Temporária Externa para Averiguar as Causas e Efeitos da Crise Hidroenergética” conta com 11 membros e prazo inicial de 180 dias para produzir e aprovar relatório. Na reunião inaugural, que aconteceu na quinta-feira (28), o senador José Aníbal – que foi escolhido como relator – também aprovou requerimento para chamar o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. A ideia é traçar um panorama da crise que, além do risco de desabastecimento, provocou uma explosão das tarifas.

Jean Paul Prates reforçou que o país precisa refletir sobre a “configuração do atual modelo” de suprimento de energia, os papéis do Estado e das agências reguladoras e do planejamento energético. Segundo o parlamentar, também é necessário considerar o impacto da chegada das novas fontes de energia no mercado brasileiro.

“Temos recorrência em crises energéticas, infelizmente. Podemos lembrar das últimas em 2001 e 2002, quando tivemos racionamento e risco de apagão. Aparentemente, algumas lições ainda não foram aprendidas”, disse o senador. As datas das audiências públicas ainda não foram definidas.

Além de buscar o crescimento e modernização da infraestrutura brasileira, a Frenlogi trabalha para garantir segurança e eficiência energética ao país. A Frente acompanha de perto os desdobramentos da crise hídrica nacional desde o início de 2021, e tem debatido soluções para o problema frequentemente com o Governo Federal.

Uma das possibilidades viáveis para o Brasil é investir em fontes de energia alternativa, como a solar e a eólica. A época das chuvas no país foi iniciada em outubro, mas é necessário agir agora para evitar racionamentos e tarifas altas em 2022. Planejamento, conhecimento e investimento são as chaves para o país superar a crise atual e as próximas que porventura aconteçam.


Fonte: Agência Senado

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