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5G: Claro, Vivo e TIM arrematam principais faixas do leilão, e Brasil terá novas operadoras

As gigantes poderão ofertar internet móvel em todo o território nacional na faixa de 3,5 GHz, que é a mais usada no mundo para o 5G.

As operadoras Claro, Vivo e TIM garantiram três lotes na faixa de 3,5 GHz (gigahertz) no leilão do 5G realizado nesta quinta-feira (4) em Brasília. A faixa é considerada a principal do certame realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A faixa de 3,5 GHz foi a segunda faixa a ser licitada no leilão, que começou nesta quinta e deve terminar na sexta-feira.

O leilão do 5G foi iniciado com a venda da faixa de frequência de 700 MHz do lote nacional, cujo vencedor foi a empresa Winity II Telecom. O grupo desembolsou R$ 1,427 bilhão, com ágio de 805,84%. A empresa será uma nova operadora de serviço móvel no Brasil.

Outra empresa que também passa a operar no país é a Brisanet, que faturou o lote C4 do Nordeste de 3,5 GHz pelo valor de R$ 1,25 bilhão e ágio de 13.741,71%; além do lote C5 por R$ 105 milhões. O grupo Brisanet já oferece serviços de TV a cabo, internet banda larga, telefone fixo e móvel principalmente na região Nordeste.

No leilão da faixa de 3,5 GHz, os lances vencedores foram:
• Lote B1 – vencedora Claro – R$ 338 milhões – ágio de 5,18%;
• Lote B2 – vencedora Vivo – R$ 420 milhões – ágio de 30,69%;
• Lote B3 – vencedora TIM – R$ 351 milhões – ágio de 9,22%.

O edital da Anatel também previa a oferta de um quarto lote na faixa de 3,5 GHz, com abrangência nacional. Porém, não houve lances.

Detalhes da faixa e obrigações
A faixa de frequência 3,5 GHZ é exclusiva para o 5G, e possui capacidade de transmissão de altíssima velocidade. Essa é a faixa mais utilizada em todo o mundo para o 5G, com foco no varejo (consumidores finais) e na indústria. O espectro é considerado ideal para atender áreas urbanas.

A faixa foi orçada em cerca de R$ 30 bilhões (incluindo os lotes nacionais e regionais), sendo que quase R$ 29 bilhões serão usados para cumprir as obrigações previstas no edital. Entre elas, estão:
• disponibilização do 5G em todas as capitais do país até julho de 2022;
• construção da rede privativa de comunicação para a administração pública federal;
• garantia de internet 4G nas rodovias brasileiras;
• instalação da rede de fibra óptica, via fluvial, na região amazônica;
• financiamento dos custos da migração da TV aberta via satélite da banda C para a banda Ku (novas antenas, receptores e a instalação desses equipamentos para famílias de baixa renda).

O leilão do 5G
De acordo com o edital, serão ofertadas quatro faixas de frequência: 700 MHz (megahertz); 2,3 GHz (gigahertz); 3,5 GHz; e 26 GHz. Essas faixas funcionam como “avenidas” no ar para transmissão de dados. É por meio das faixas que o serviço de internet será prestado. O direito de exploração das faixas será de até 20 anos.

Cada uma das faixas foi dividida em blocos nacionais e regionais, e as empresas interessadas em operar o 5G fazem as ofertas para esses blocos. Dessa forma, cada faixa de frequência pode ter mais de uma empresa vencedora, com atuações geográficas coincidentes e/ou distintas. A ideia é diversificar e oferecer concorrência entre os serviços que serão disponibilizados aos clientes.

O leilão começou pelos blocos de 700 MHz, depois pelos da faixa de 3,5 GHz; de 2,3 GHz; e terminará com os de 26 GHz. A expectativa é que o certame seja concluído nesta sexta-feira (5).

Se todos os lotes oferecidos forem arrematados, o leilão deve movimentar R$ 49,7 bilhões, de acordo com a Anatel. Desse total, R$ 3,06 bilhões serão pagos em outorgas – dinheiro que vai para o caixa do governo. O restante será usado para cumprir as obrigações de investimento previstas em edital.

A previsão é que o 5G comece a ser ofertado até julho de 2022 nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Após isso, o serviço será ampliado gradativamente para as demais cidades do país até 2029.

A Frenlogi acompanha de perto os desdobramentos e resultados do leilão do 5G realizado em Brasília. Esse é considerado por muitos especialistas como o maior leilão de telecomunicações da história do Brasil – principalmente por causa dos recursos que serão investidos na infraestrutura de comunicação e nas várias possibilidades de uso dessa internet.

Os primeiros arremates desta quinta-feira (4) demonstram um grande interesse dos atuais operadores no país pela nova tecnologia 5G. A Frente vai acompanhar o resultado final do leilão, e acredita que o certame será essencial para reduzir o apagão de conectividade que ainda assola trechos do território brasileiro. Ter acesso a internet rápida não é mais um luxo: é uma condição primária para desenvolver um país em todos os setores da economia.


Fonte: Portal g1

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